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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Red Bull Air Race World Championship


A Comsom produziu o vídeo de apresentação à imprensa da sexta época da Red Bull Air Race World Championship que se irá realizar pela primeira vez em Lisboa/Oeiras em 2010, um evento que tem registado um crescimento recorde como um desporto global.


Lisboa tem para oferecer uma área para a corrida completamente diferente, com um amplo espaço no estuário do Tejo que permitirá proporcionar aos pilotos um traçado extremamente exigente.


Em 2009, 3.5 milhões de espectadores assistiram ao vivo às corridas e mais de 300 milhões fizeram-no através das transmissões televisivas efectuadas a nível planetário. Este crescimento atraiu a atenção de responsáveis por muitas cidades em todo o Mundo graças ao impacto positivo que a corrida tem na comunidade e acima de tudo devido à fórmula de sucesso que tem garantido um forte retorno económico para a cidade anfitriã.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

"Please help the word": Filme de abertura da Cimeira de Copenhaga

Artigo de Opinião: Primark, roupa barata conceito vencedor!

Primark, gigante irlandês do vestuário, chegou este ano a Portugal. A sua primeira loja no Centro Comercial Dolce Vita Tejo é, de facto, uma experiência que recomendo a todos aqueles que como eu são fãs de pessoas.

Esta cadeia leva tanto a sério o conceito low-price que, em anos difíceis como este, abre uma loja enorme no enorme CC Dolce Vita. Desafio quem por lá passar a parar alguns minutos para observar o comportamento daqueles que farejam as melhores pechinchas, os grandes negócios, e rapidamente se vai perceber que não é fácil definir exactamente quem é o consumidor Primark.

A minha primeira sensação ao entrar naquele espaço foi a mesma que teria se tivesse chegado a uma qualquer feira ou mercado; imensa gente, roupa por todos os lados, muito barulho e uma mistura de cores, modelos, tecidos,modas…

O layout não é mesmo o ponto forte da Primark mas, se no início tudo aquilo me parecia saído de uma feira onde nem sequer conseguia chegar perto de alguma coisa e calmamente iniciar um processo de compra, rapidamente percebi que é, de facto, um grande conceito e que as roupas e acessórios que a loja coloca ao dispor dos seus clientes vão ao encontro daquilo que eles realmente procuram.

Afinal, o cliente não tem de deixar o seu salário na loja para sair bem vestido e, dentro dos padrões qualidade/preço claro, consegue solucionar grande parte dos seus problemas de vestuário. O que é facto é que uma franja cada vez maior de consumidores está à procura de soluções económicas que libertem dinheiro para investir naquilo que realmente lhe interessa.

O que realmente importa quando alguns fabricantes não parecem estar atentos ao mercado e continuam cegamente a poluir o mercado com preços que não justificam a recompensa do bem em si? A Primark está certamente a ganhar com isso...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Artigo de Opinião de António Corte-Real na Distribuição Hoje: Internet (n)o futuro




A Internet veio para ficar, disso ninguém duvida! Apesar de muitas empresas pensarem que isto não é nenhuma novidade porque até já têm um “site” ou um “e-mail”, o que é facto é que a Internet é muito mais do que dispor de duas ferramentas que têm o seu valor, é certo, mas que isoladas são como um flyer a esvoaçar pelas ruas de uma cidade. As empresas que têm esta visão da Web, que apenas mexem as peças no tabuleiro sem seguir uma estratégia e um plano de acção, são reactivas. Aquelas que tentam perceber verdadeiramente o que é a Internet são activas, procuram causar reacções no mercado, definem planos de Marketing Digital agressivos e pretendem atingir determinados objectivos. Estudam o mercado, identificam as oportunidades para adaptar os seus produtos ao comércio online, adoptam novas políticas de preço, estudam as implicações que terão na distribuição, desenvolvem novas formas e ferramentas de divulgação e promoção e estabelecem uma relação bilateral com o consumidor através de ferramentas informáticas, de design e de negócio.

Por que motivo deve a Internet ter todo este focus por parte das empresas? Por que razão não a podemos ver como apenas mais um meio de comunicação? Porque o mercado mudou! Nos anos 90 todos assistíamos aos mesmos programas de televisão, ouvíamos as mesmas músicas, víamos os mesmos filmes e líamos as mesmas notícias. Hoje, seleccionamos aquilo a que queremos ter acesso numa plataforma que gera conteúdos a uma velocidade alucinante. A população em geral e os jovens em particular, estão a desligar a televisão e a passar mais tempo ligados à Internet. Segundo o INE, em 2008, 97% dos jovens entre os 10 e os 15 anos utilizaram o computador e 93% acederam à Internet, mais 20% do que em 2005. Estes são números aos quais não podemos ficar indiferentes especialmente porque estamos a falar das primeiras gerações que tiveram acesso a este novo meio. Como será o cenário daqui a 10 anos quando esta geração estiver em idade activa? Onde estarão as empresas tradicionais que ainda não perceberam que a Internet é só(!) o meio de comunicação com maior taxa de penetração superando largamente a rádio e a TV?

O Marketing está a entrar numa nova era. Certamente que esta transição não será feita de um dia para o outro mas empresas como a Amazon ou o Google são exemplos de como estas novas potencialidades podem ser aproveitadas para desenvolver negócios a duplo dígito. Certamente que as empresas mais tradicionais vão acabar por perceber que a Internet já deveria assumir uma fatia mais importante dos seus budgets; mas será que o lugar no ecrã do novo consumidor ainda estará vago nessa altura? Será que, hoje mesmo, quando alguém procura essa empresa ou produto na Internet consegue encontrar? Ou encontra o concorrente? Como diz Al Ries “É preferível ser o primeiro do que ser o melhor…” e é exactamente o que se está a passar com a Internet. Quando um consumidor entra no Google e faz uma pesquisa sabemos que, na melhor das hipóteses, irá até à 3ª página, que em 60% das pesquisas nem sequer passa da 1ª página e, ainda mais surpreendente, que 36% dos consumidores/internautas considera que os primeiros resultados que aparecem no ecrã são as principais marcas.

A Internet é, nos nossos dias, uma ferramenta quase indispensável tanto para a vida profissional, como para o lazer. Está hoje naquilo a que chamamos a versão 2.0 onde os internautas são os produtores de conteúdos, procuram a personalização dos produtos e estão ávidos por ferramentas que, por um lado, lhes facilitem a vida e que por outro lhes preencham os tempos de lazer. Um fenómeno que demonstra esta realidade é o mundo das redes sociais como o Facebook, Hi5 ou Twitter que já dominam os tops de audiências. Contudo, apesar deste domínio das redes sociais nas preferências dos internautas portugueses, será que as marcas já os estão a explorar da melhor forma? A resposta é não, ainda não os estão a explorar da melhor forma mas estão a dar os primeiros passos, estão a fazer experiências, a tentar perceber aquilo que funciona e aquilo que não resulta, a interagir com o consumidor, a entrar na sua esfera enquanto utilizador de conteúdos digitais, no fundo estão a ganhar espaço aos concorrentes porque quando estes se aperceberem daquilo que podem tirar deste meio, serão apenas mais um e não aquele que o consumidor vai procurar e reconhecer.

Este é o momento em que as marcas devem explorar a Internet porque este é também o momento em que o consumidor pede mais, quer mais e precisa de mais. Se, num mercado tradicional, saturado por produtos desnecessários, guerras de preços e campanhas publicitárias ineficazes, já não há muito a fazer, está lançado um mercado de novas oportunidades que nem todos estão a saber explorar. Fala-se já de uma nova etapa da Internet, a Web 3.0, onde se prevê que haja uma maior preocupação com a estrutura onde se organiza a Internet e menor com os utilizadores, privilegiando a convergência de várias tecnologias digitais que já existem em plataformas mais simples de utilizar que irão ao encontro das necessidades do consumidor. Estarão as marcas preparadas para este passo? As que não se distanciarem do pelotão na fase inicial da corrida, dificilmente conseguirão fazê-lo quando outros já estiverem isolados na linha da frente.


António Corte-Real
Trade Marketing Olá, Unilever Jerónimo Martins
Com a colaboração de Manuel Batista (Docente - Escola Superior de Comunicação Social)